Reunidos em assembleia, trabalhadores exigem justiça contra punições arbitrárias, melhores condições de trabalho e medidas imediatas de segurança. Direção sindical deixa claro: se a empresa não agir, a resposta será nas máquinas paradas.
Na tarde desta segunda-feira (11), a portaria da Paranapanema foi palco de indignação e unidade. Convocados pelo Sindicato, os trabalhadores e trabalhadoras se reuniram para dizer um basta ao clima de perseguição e à negligência com a saúde e segurança no chão de fábrica.
O estopim veio em dose dupla: duas demissões por justa causa aplicadas de forma arbitrária e um acidente grave, no qual um trabalhador perdeu um dedo, além de várias fraturas no braço. Situações que expõem o desrespeito da direção da empresa e a urgência de mudanças.
“Não vamos aceitar que transformem punição injusta em ferramenta de intimidação. O Sindicato vai encaminhar a pauta exigida pela categoria e, se a empresa não responder à altura, vamos voltar aqui e fazer uma paralisação de 24 horas. Até que a chefia se mexa e coloque a segurança e o respeito acima da ganância. O recado está dado e não tem volta”, afirmou com firmeza o presidente do Sindicato, Adilson Sapão.

O diretor Gilsinho reforçou: “A empresa precisa entender que trabalhador não é descartável. Estamos cansados de ver companheiros acidentados, humilhados e punidos injustamente. Se não houver diálogo e ação imediata, vai ter luta e vai ter barulho.”
Já o diretor Saradão deixou claro que a pressão começa agora: “Essa pauta será entregue hoje mesmo. Cada ponto foi construído com os trabalhadores e cada ponto precisa ser atendido. Não vamos esperar mais um acidente ou mais uma injustiça para agir.”
A assembleia terminou com aplausos, punhos erguidos e a certeza de que mais uma luta está apenas começando. A direção da Paranapanema, que insiste em tratar a produção como prioridade única, agora sabe: sem segurança, sem justiça e sem respeito, as máquinas não giram.