No dia 29 de novembro, a Paranapanema demitiu 87 metalúrgicos da unidade de Santo André. No dia seguinte, em caráter de urgência, solicitou recuperação judicial perante a 1ª Região Administrativa Judiciária da cidade de São Paulo.
Para o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá Adilson Sapão a empresa agiu de má fé, com total descaso e disse que o Sindicato não vai aceitar esse tratamento. “No momento da demissão, alegou dificuldade financeira e que os trabalhadores receberiam, normalmente, as verbas rescisórias, mas, logo em seguida, entrou com pedido de recuperação judicial, colocando todos os companheiros demitidos no processo que, segundo a lei, ficam agora sem receber as verbas no prazo legal de 10 dias até que saia todo o plano de recuperação judicial”, explica Sapão.
Diante disso, o Sindicato enviou pautas para a empresa cobrando o pagamento desses valores, além da extensão do convênio médico, bem como do vale-alimentação. Outra cobrança, é para que se faça a homologação, com ressalva de não pagamento para garantir o direto de dar entrada no Seguro Desemprego e sacar o FGTS.
ACOMPANHAMENTO E ORIENTAÇÃO JURÍDICA
Na segunda-feira, 05 de dezembro, o departamento Jurídico do Sindicato e diretores se reuniram com os demitidos para traçar caminhos legais e tirar dúvidas sobre as próximas ações em defesa da categoria. O advogado do Sindicato, doutor Marcelo Firmino explicou detalhes e cenários jurídicos sobre a situação da empresa, orientou os trabalhadores e respondeu a perguntas.
Nesta quarta-feira, 07, há uma reunião marcada entre a empresa e o Sindicato para discutir as medidas que serão tomadas nos próximos dias.