CÍCERO MARTINHA: O SONHO E A FORÇA COLETIVA VENCERAM AS ARMAS DA DITADURA

Notícias Sindicais

O nosso Sindicato, bem como o movimento sindical, é um dos sobreviventes da ditadura civil-militar no Brasil. Durante o período ditatorial sofremos muito, só aqui foram três intervenções, de 1964 a 1965, em 1979 e depois, a mais longa, de 1980 a 1982. Por todo esse tempo, com os nossos diretores e líderes sindicais sendo perseguidos e presos pelo regime.

Importante lembrar que nesse cenário de repressão, universidades e outras instituições também ficaram sob intervenção militar. Os governadores estaduais passaram a ser nomeados pelo governo federal, assim como os prefeitos. Várias ondas de cassação de mandatos de parlamentares ocorreram e o Congresso foi fechado algumas vezes. Os partidos políticos foram dissolvidos e tolerados apenas dois, gerados à força por decreto governamental, a Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido do governo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de oposição. O bicho pegou com a instauração do AI-5, qualquer cidadão passível de ser acusado de subversão, podia ser detido, sem direito a habeas corpurs, torturado e morto, com base numa simples suspeita.

MANIPULAÇÃO

O eixo da campanha salarial de 1977, a reposição dos salários, mobilizou os trabalhadores, devido a manipulação pelo governo dos índices da inflação entre 1973 e 1974. Segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) a perda chegou a 34,1% para cada trabalhador. Naquele momento, o trabalho elaborado pelo Sindicato e a nossa mobilização contra essa manipulação foram o estopim para uma série de lutas que transformariam a consciência do trabalhador e do movimento sindical brasileiro, desencadeando nas greves de 1978 e 1979, que eu comento na próxima edição.

1 thought on “CÍCERO MARTINHA: O SONHO E A FORÇA COLETIVA VENCERAM AS ARMAS DA DITADURA

  1. sindicato dos metalúrgicos de Santo André e Mauá casa dos trabalhadores. entidade histórica. com muitas lutas e conquistas para a classe trabalhadora.

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